sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cartas de Amor( Historias reais...a

                         

Um dia entendemos os porquês.


Decidi contar minha história e ao me deparar com os tópicos que deveria escolher, me bateu uma dúvida: afinal, onde é que me encaixo? Decidi por este por acreditar que, no fim, é sempre o amor que ensina.
Na faculdade, conheci o cara mais gente boa que pode existir. Logo descobrimos muitas afinidades, o que nos levou a namorar por cinco anos antes de casarmos. Durou nove anos. O último ano foi difícil, mas no geral posso dizer que éramos aquele "casal 20". Quando nos separamos, todos ficaram muito surpresos: pais, amigos, conhecidos. Nunca, jamais, alguém imaginou que isso aconteceria conosco, mas aconteceu. E, como qualquer separação, foi dolorosa, difícil.
O que quero contar dessa história é que passei grande parte desses 9 anos tentando engravidar. Mesmo sem ter qualquer problema que me impedisse de gerar, fiz tratamento sério com médico renomado, vivi um ano da minha vida só em função disso, mas não aconteceu. Durante todo esse período, rezava pedindo a Deus que o MELHOR acontecesse e para que eu passasse por aquilo com dignidade, com a maior tranquilidade que fosse possível, sem me frustar, sem me revoltar. Pois bem, foi assim que passei por tudo.
Decidida a separação, sem chance de volta, toquei minha vida. Rapidamente voltei a namorar, mais rapidamente ainda juntei escovas de dente, e, quando menos esperava, engravidei. Eu estava G-R-Á-V-I-D-A e tive o maior turbilhão de emoções que alguém pode ter. Foram meses de cuidado e aproveitamento de cada segundo. Cada mexida, cada chute... tudo era novo e fantástico.
Minha filha teve pressa em nascer. Veio prematura, o parto foi normal e tudo correu bem. Ficamos dois dias no hospital, ela comigo o tempo todo. Depois de quatro dias, ela acordou chorando muito. Até então muito calma e tranquila, estranhei aquele comportamento e a levei numa médica amiga minha para uma consulta de 'rotina'. De lá, ela foi direto para a UTI Neonatal com icterícia (séria). Ficou em banho de luz, fez exames e dias depois, quando eu me preparava emocionalmente para levar minha filha pra casa, começou a apresentar um quadro de infecção, que demorou pra se revelar - após as piores suspeitas possíveis - uma pneumonia. Passei meu primeiro Natal e ano novo na condição de mãe com minha filha na UTI. Foram os piores quinze dias da minha vida, mas eles também passaram - graças a Deus, ao meu marido (que foi um companheiro incansável e incrível nesse período), ao apoio das nossas famílias e dos amigos que souberam desse drama.
Minha filha tem hoje 9 meses. É tão saudável que tem tamanho e peso de uma criança de um ano. É fofa, alegre, esperta e encantadora.
Até me separar do meu primeiro marido eu era uma pessoa que planejava a vida para cinco, dez anos, e nada daquilo aconteceu. Resolvi mudar a maneira de encarar a vida, tomei coragem para correr alguns riscos e tentar ser feliz. E, gente, cá entre nós, tem coisa mais arriscada do que se jogar à felicidade?
O amor ensina, constrói, faz tudo valer a pena.
Por isso, passei a ser alguém que vive o presente, o hoje, o agora. Até porque, se eu morrer amanhã, terei sido feliz para sempre.

Por:Carol

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